O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes cometeu um erro gramatical em decisão que negou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e manteve as medidas cautelares impostas a ele. O despacho, publicado nesta quinta-feira (24), trazia a frase: “Como diversas vezes salientei na Presidência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, a JUSTIÇA É CEGA MAIS NÃO É TOLA”.
O uso do termo “mais” no lugar de “mas”, além da ausência de vírgula após a palavra “cega”, destoou da norma culta e chamou atenção de juristas e usuários de redes sociais, que apontaram o erro rapidamente. A assessoria do ministro republicou o despacho corrigindo o texto, trocando o “mais” pelo “mas”, mas a vírgula, que deveria separar as orações, continuou ausente.
O erro ganhou repercussão, sobretudo pelo fato de o trecho com o erro ter sido escrito em letras maiúsculas e com múltiplos pontos de exclamação, o que deu destaque ainda maior à frase.
Na decisão, Moraes manteve o uso de tornozeleira eletrônica, o recolhimento domiciliar noturno e a proibição de contato com embaixadas, autoridades estrangeiras e investigados ligados ao caso da tentativa de golpe. Ele advertiu que novos descumprimentos poderão levar à conversão das cautelares em prisão preventiva.