Agressão começou no banheiro da unidade e se estendeu até o pátio
Uma discussão iniciada em um banheiro da Escola Estadual Antônio Epaminondas, em Cuiabá, terminou em agressões físicas contra um estudante de 15 anos, na tarde da última quarta-feira (6). Sete adolescentes teriam participado do ataque, que se estendeu até o pátio da unidade escolar.
De acordo com informações registradas pela Polícia Militar, a vítima relatou que ao acender a luz do banheiro foi abordada por outro aluno, que exigiu que o local permanecesse no escuro. Após se recusar, foi cercado por um grupo e agredido com socos, chutes e também com o uso de um pedaço de madeira.
A ação só foi interrompida após a intervenção de uma professora, que conseguiu afastar os agressores e proteger o adolescente. A direção da escola acionou os responsáveis pelos alunos envolvidos e prestou apoio às equipes de segurança pública.
Dois dos agressores também apresentavam lesões, conforme relatado no boletim. Todos os adolescentes foram encaminhados, junto dos respectivos responsáveis, à Central de Flagrantes. Um advogado compareceu à unidade para acompanhar um dos suspeitos.
O circuito interno da escola registrou as imagens do episódio, que deverão ser utilizadas na investigação conduzida pela Polícia Civil.
Outro lado
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria de Estado de Educação informou que a equipe gestora da unidade em Cuiabá tomou as medidas cabíveis ainda no momento da ocorrência:
“A respeito do caso de violência registrado no dia 6 de agosto de 2025, em que seis adolescentes agrediram fisicamente um colega de classe na Escola Estadual Antônio Epaminondas, a gestão Escolar informa que foram adotadas, desde o primeiro momento, medidas para garantia da segurança da vítima.
Os pais e responsáveis dos envolvidos foram convocados imediatamente para acompanhar os estudantes até a delegacia, onde foi registrado Boletim de ocorrência, além disso, a Gestão Escolar informou o fato ao Conselho Tutelar solicitando acompanhamento das famílias dos jovens envolvidos, além das medidas pedagógicas, psicossociais e institucionais para o devido enfrentamento do caso no ambiente escolar.
A escola conta com professora Mediadora Escolar e com o apoio da Equipe Psicossocial da Diretoria Metropolitana de Educação, que diante do relato de violência, desenvolverá as seguintes ações: acolhimento do estudante e de sua família; realização de rodas de conversa com a turma; palestra educativa abordando violência e bullying; e registro das ações em ata e encaminhamento da vítima ao CAPSi para acompanhamento especializado“.