O senador colombiano e pré-candidato à presidência, Miguel Uribe Turbay, de 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11) após mais de dois meses internado na UTI da Fundação Santa Fé, em Bogotá. Uribe foi baleado na cabeça em 7 de junho, durante um ato político no bairro Modelia, na região de Fontibón, ataque que também deixou outras três pessoas feridas, todas fora de perigo. O autor dos disparos, um adolescente de 15 anos, foi detido.
Uribe era um dos principais nomes da oposição ao presidente Gustavo Petro e despontava como favorito na corrida presidencial marcada para 2026. Oriundo de uma família tradicional na política, era neto do ex-presidente Julio César Turbay (1978–1982) e filho de uma jornalista sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín. Formado em Direito pela Universidade dos Andes, com mestrado em Harvard, iniciou a carreira como vereador de Bogotá em 2012 e tornou-se secretário de Governo da capital em 2016. Em 2022, foi eleito senador e, em março de 2025, lançou sua pré-candidatura presidencial defendendo uma política de segurança mais rigorosa contra grupos armados ilegais.
De acordo com boletim médico divulgado no sábado (9), o estado de saúde de Uribe havia se agravado nas últimas 48 horas devido a um episódio de hemorragia no sistema nervoso central, exigindo novos procedimentos neurocirúrgicos. Apesar de apresentar sinais de recuperação em julho, após uma cirurgia, ele não resistiu às complicações. Sua esposa, María Claudia Tarazona, divulgou uma mensagem emocionada nas redes sociais, agradecendo pelo legado do marido e prometendo cuidar dos filhos do casal.
A morte provocou forte comoção política na Colômbia. O ex-presidente Iván Duque, líder do partido Centro Democrático, lamentou a perda e classificou Uribe como “uma promessa conservadora” e “um líder íntegro e transparente”. Duque afirmou que o assassinato é um ato de terrorismo contra a democracia e defendeu que o país não se renderá “diante dos criminosos que apagaram a vida de um jovem admirável”.