População em situação de rua dobra durante governo Lula e ultrapassa 345 mil no Brasil, aponta estudo

Foto: Flickr/Lula Oficial

Em pouco mais de um ano, o número de pessoas vivendo nas ruas no Brasil disparou de 160 mil para cerca de 345 mil, de acordo com levantamento do Observatório Brasileiro de Políticas com a População em Situação de Rua, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O aumento, superior a 100%, ocorre mesmo após o lançamento, em dezembro de 2023, do Plano “Ruas Visíveis”, do Governo Lula, que previa investimento de R$ 1 bilhão para enfrentar a miséria urbana por meio de assistência social, segurança alimentar, habitação, saúde, trabalho, renda e um censo nacional.

Apesar do gasto expressivo, os resultados mostram que as medidas adotadas foram insuficientes para conter o agravamento da crise. Especialistas apontam que a explosão da população em situação de rua é reflexo de uma economia em declínio, com aumento do desemprego, da informalidade e do custo de vida, somados à falta de políticas estruturantes que gerem autonomia e oportunidades reais.

O levantamento revela que mais de 60% dessa população está concentrada no Sudeste, enquanto a Região Norte representa menos de 5%. O ranking estadual é liderado por São Paulo, com 146.940 pessoas, seguido por Rio de Janeiro (31.693), Minas Gerais (31.410), Bahia (15.045) e Paraná (13.854).

O perfil demográfico mostra que 85% dos moradores de rua são homens, 70% se autodeclaram negros, quase 10 mil são crianças com menos de 17 anos e cerca de 32 mil são idosos acima de 60 anos.

O cenário evidencia que programas assistenciais de alto custo, sem o respaldo de uma estratégia econômica sólida e sustentável, têm alcance limitado. Enquanto o Governo Lula mantém elevados gastos sociais, a ausência de crescimento econômico consistente e de políticas eficazes de geração de emprego ameaça transformar a crise social em um problema crônico e irreversível.

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