Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, os investigados recebiam pagamentos de R$ 5 mil e R$ 15 mil por carga liberada irregularmente
Dois ex-funcionários de uma fazenda em Campo Novo do Parecis foram identificados como os principais responsáveis pelo desvio de mais de 700 toneladas de grãos, avaliadas em R$ 1,1 milhão, em um esquema que mobilizou motoristas e intermediários. Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, os investigados recebiam pagamentos de R$ 5 mil e R$ 15 mil por carga liberada irregularmente, enquanto fraudes documentais e manipulação de placas de caminhões garantiam a efetivação do crime.
A operação Safra Oculta, deflagrada na manhã desta terça-feira (19), teve como objetivo desarticular a associação criminosa e apreender materiais que comprovem a atuação do grupo, reforçando provas já obtidas no inquérito. Entre os itens recolhidos estão celulares e documentos que serão analisados para identificar outros envolvidos e mapear toda a cadeia do crime.
Segundo o delegado Mário Roberto Santiago Júnior, as apurações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), “enquanto o classificador recebia R$ 5 mil por carga que deixava sair da fazenda, o balanceiro recebia R$ 15 mil; essa carga era levada por um motorista, que também participava do esquema”.
O crime envolveu ainda coação de trabalhadores e o uso de documentos falsos para legitimar a saída irregular da soja.
