Um escândalo sem precedentes manchou a imagem do Ibama. A Justiça Federal deu uma sentença dura contra o órgão, acusando-o de litigância de má-fé no processo envolvendo as aves do ex-ministro Anderson Torres. A decisão expôs não apenas falhas técnicas, mas também uma postura considerada desleal e abusiva por parte da autarquia ambiental.
Em abril de 2025, a Justiça havia determinado que o Ibama suspendesse autos de infração, levantasse restrições administrativas e devolvesse as aves apreendidas. Mas o órgão simplesmente ignorou a ordem por mais de três meses.
O resultado foi uma condenação exemplar: multa imediata de R$ 8 mil e uma penalidade diária de R$ 3 mil até que a decisão seja integralmente cumprida.
O juiz responsável destacou que o Ibama tentou usar documentos sem qualquer relação com o caso, numa manobra interpretada como tentativa de confundir os autos. Para a Justiça, ficou claro: além de descumprir uma liminar, o órgão agiu de forma desleal e protelatória.
A defesa de Anderson Torres classificou a postura do Ibama como perseguição política, ressaltando que o cumprimento da liminar exigia apenas simples alterações no sistema administrativo da autarquia.
Vergonha nacional
O episódio caiu como uma bomba no meio jurídico e político. O órgão que deveria ser exemplo de legalidade e transparência agora carrega a pecha de desrespeitar a Justiça.
O recado do Judiciário foi claro: ninguém está acima da lei, nem mesmo o Ibama. A autarquia, que deveria proteger o meio ambiente, agora luta para proteger a própria credibilidade.