O Exército Brasileiro determinou a proibição de manifestações em frente a quartéis durante o andamento do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros envolvidos no chamado núcleo crucial do golpe. A decisão, anunciada pelo comandante-geral da Força, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, tem como objetivo preservar a neutralidade institucional e evitar o uso simbólico de instalações militares para atos políticos.
Medida estratégica e atemporal
A restrição visa impedir que acampamentos ou manifestações sejam realizados nos entornos dos quartéis. Esse cenário havia sido flexibilizado em 2022, durante protestos pró-Bolsonaro. Agora, com o retorno à linha duríssima, o Exército reafirma que “forças armadas não são políticas”.
Um esforço para evitar repetições traumáticas
A medida se coloca como resposta clara aos episódios de acampamento no Quartel-General do Exército, que permaneceram por semanas após a eleição de 2022 e culminaram nos ataques de 8 de janeiro de 2023. A ação visa prevenir a repetição desses eventos simbólicos e de afronta às instituições.
Segurança reforçada em Brasília durante o julgamento
Durante o julgamento no STF, que envolve oito réus, dos quais seis têm passado militar, a segurança foi intensificada. Foram instalados gradis, ampliadas revistas em áreas sensíveis como a Praça dos Três Poderes, e a presença policial foi reforçada com uso de drones e ações coordenadas entre GSI e SSP-DF.