A Polícia Federal abriu investigação para apurar um possível vazamento no Enem 2025, após a circulação de um vídeo nas redes sociais contendo questões “substancialmente semelhantes” às aplicadas no segundo dia de prova. O Inep já anulou três itens e acionou a corporação para esclarecer o caso.
O conteúdo viralizado mostrava questões relacionadas às áreas de Ciências da Natureza e Matemática. Segundo o Inep, o material foi divulgado antes do início da aplicação da prova, levantando suspeitas de vazamento ou acesso indevido ao banco de questões.
A semelhança entre os itens do vídeo e os aplicados oficialmente levou o instituto a invalidar as questões para evitar prejuízo aos participantes.
No domingo (23), a PF deflagrou uma fase da Operação Profeta, cumprindo mandado de busca e apreensão no Ceará. O objetivo é identificar como o material foi obtido, quem fez a gravação e quem o divulgou.
De acordo com a corporação, a investigação busca esclarecer:
- possíveis crimes de violação de sigilo;
- participação de terceiros no acesso ao banco de questões;
- eventual comercialização ou uso político do vazamento.
Em nota, o Inep afirmou que monitora a situação e que não descarta novas anulações, caso outros itens sejam identificados como comprometidos. O órgão também reforçou que protocolos de segurança serão revistos para evitar episódios semelhantes nas próximas edições do exame.
A suspeita de vazamento reacende debate sobre a credibilidade do Enem e pode gerar ansiedade entre os candidatos.
A depender da profundidade da investigação, o MEC poderá:
- revisar critérios de correção;
- reavaliar o peso das questões anuladas;
- emitir novos comunicados para orientar estudantes.
Apesar disso, o Inep informou que o cronograma geral do exame, por enquanto, está mantido.
Com o material apreendido, a PF continuará analisando dispositivos, arquivos e depoimentos. A investigação deve apontar se houve falha humana, fraude deliberada ou quebra de protocolo em algum ponto da cadeia de elaboração do exame.







