A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o pedido de prisão domiciliar feito pelo empresário Jonathan Rosa Vieira Bispo, apontado como líder de um esquema de pirâmide financeira que teria causado prejuízo superior a R$ 21 milhões a investidores no Brasil e no exterior.
O acusado, preso preventivamente desde 3 de setembro, alegou no habeas corpus que sofre de problemas de saúde e que seria responsável pelos cuidados do filho, solicitando assim a substituição da prisão preventiva por domiciliar. A defesa afirmou que a manutenção da prisão seria desproporcional diante da situação familiar.
Os desembargadores rejeitaram o pedido ao entender que:
- a gravidade do esquema investigado;
- o alto valor do prejuízo causado às vítimas;
- a possibilidade de reiteração criminosa;
- e o risco à ordem pública
justificam a manutenção da prisão preventiva.
O colegiado destacou ainda que não foram apresentados documentos que comprovassem estado grave de saúde que impossibilitasse a permanência no sistema prisional.
Jonathan é apontado como responsável por estruturar um sistema de captação de recursos com promessa de rendimentos elevados — típico de pirâmides financeiras. Segundo o processo, o prejuízo ultrapassa R$ 21 milhões, atingindo vítimas em vários estados e também fora do país.
As investigações indicam que o grupo utilizava estratégias de convencimento e pagamento inicial de bônus para atrair novos participantes, até que o fluxo financeiro se tornou insustentável.
Com a decisão, o empresário permanece preso preventivamente enquanto o inquérito segue em andamento. A defesa ainda pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso reforça a necessidade de cautela em investimentos que prometem lucro rápido e elevado. Autoridades alertam que golpes financeiros do tipo pirâmide seguem entre os mais recorrentes no país e costumam causar grande impacto econômico e social.







