A modelo cuiabana Stephany Leal tornou públicas, nesta quarta-feira (3), imagens e relatos de agressões graves que, segundo ela, foram praticadas pelo ex-companheiro. Os registros em vídeo mostram a jovem sendo espancada, arrastada pelo chão, imobilizada com um golpe de “mata-leão” e ameaçada com um jarro de vidro.
Os episódios de violência teriam ocorrido em maio deste ano, mas somente agora foram divulgados pela vítima, que afirma ter decidido expor o caso por temer pela própria vida.
Stephany afirma que procurou ajuda imediatamente após as agressões, acionando a Polícia Militar. No entanto, segundo seu relato, nenhuma providência foi tomada: o agressor não foi preso, intimado ou submetido a qualquer medida restritiva. A ausência de resposta das autoridades teria agravado seu medo e sentimento de vulnerabilidade.
Nas redes sociais, ela escreveu que decidiu divulgar as imagens para alertar outras mulheres e chamar atenção para falhas nos mecanismos de proteção:
“Essa é a nossa segurança como mulher”, publicou.
A modelo disse temer se tornar vítima de feminicídio diante da impunidade do agressor. A divulgação das imagens gerou forte repercussão nas redes sociais, com manifestações de apoio e cobranças por providências das forças de segurança e órgãos de proteção à mulher.
Até o momento, a identidade do suspeito não foi divulgada publicamente. Também não há informações oficiais sobre abertura de inquérito, aplicação de medidas protetivas ou eventual prisão. A expectativa é de que a repercussão impulsione novas providências por parte da Polícia Civil e da Justiça.
O caso reacende a discussão sobre falhas no atendimento de emergência, falta de proteção a vítimas em situação de risco e a necessidade de ações mais eficazes para prevenir feminicídios em Mato Grosso.
