Morador de Nova Brasilândia morre por intoxicação por metanol; HMC confirma causa da morte

Foto: Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá

O Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) confirmou a morte de Flávio Roberto da Mata Pereira, de 33 anos, morador de Nova Brasilândia (MT), vítima de intoxicação por metanol. O paciente estava internado desde o dia 17 de novembro e teve o óbito confirmado no último sábado (6), após a conclusão do protocolo de morte encefálica.

Segundo informações repassadas ao VG Notícias, Flávio deu entrada na unidade em estado crítico, com suspeita inicial de envenenamento por ingestão de bebida alcoólica adulterada. Exames laboratoriais realizados após a internação confirmaram a presença de metanol — substância altamente tóxica e proibida para consumo humano.

A Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá informou que todos os procedimentos médicos necessários foram adotados durante o tratamento, mas o paciente não resistiu aos efeitos da intoxicação.

Com este caso, Mato Grosso soma pelo menos quatro mortes confirmadas por intoxicação por metanol somente em 2025. A suspeita é de que pessoas tenham consumido bebidas alcoólicas clandestinas e possivelmente adulteradas, o que acendeu alerta nas autoridades sanitárias de diversos municípios.

O metanol, quando ingerido, pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso, cegueira, falência múltipla de órgãos e morte. Os sintomas podem surgir entre 12 e 24 horas após o consumo, incluindo confusão mental, náuseas, dores abdominais e dificuldade para enxergar.

As circunstâncias de como Flávio teve acesso à bebida contaminada não foram informadas pela Secretaria de Saúde. Agora, autoridades investigam possíveis fornecedores clandestinos e pontos de venda que possam estar distribuindo produtos adulterados.

A orientação dos órgãos de saúde é para que a população adquira bebidas apenas de estabelecimentos regularizados, com nota fiscal e selos de controle, além de denunciar qualquer comércio suspeito.

O caso reacende o debate sobre fiscalização de bebidas alcoólicas, segurança sanitária e os riscos do consumo de produtos irregulares, especialmente em cidades do interior de Mato Grosso. Se novos casos forem identificados, o Estado poderá ampliar ações emergenciais de monitoramento e prevenção.

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