O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli enfrentou críticas após viajar em um jatinho particular ao lado de Augusto Arruda Botelho, advogado de um dos investigados no caso Banco Master. A informação foi revelada pelo Hora Brasília. Dias depois da viagem, o ministro assumiu a relatoria do processo e decretou sigilo absoluto sobre todos os autos.
A aeronave utilizada pertence ao empresário Luiz Oswaldo Pastore. O destino foi Lima, no Peru, onde Toffoli assistiu à final da Copa Libertadores. A presença, no mesmo voo, de um advogado ligado à investigação levantou dúvidas sobre possível conflito de interesses.
Após receber o processo no STF, Toffoli suspendeu ações da Justiça Federal e determinou segredo de Justiça total, retirando do público o acesso às movimentações. A medida foi classificada por especialistas e entidades de transparência como excessiva.
A Transparência Internacional afirmou que a combinação entre a viagem e o sigilo absoluto representa um episódio de “extrema gravidade” e pede que o Observatório da Transparência no Judiciário avalie a conduta do ministro.
O ministro afirma que a viagem foi privada e que não discutiu o caso com o advogado. Ele sustenta não haver impedimento legal para atuar no processo.
O episódio, porém, ampliou a pressão por explicações e reacendeu o debate sobre ética, imparcialidade e transparência no Judiciário.







