Com Bolsonaro réu, outros 25 envolvidos na tentativa de golpe aguardam julgamento de denúncia; veja quem são

Silvinei Vasques, um dos "operadores" da trama golpista que levou ao 8 de janeiro | Divulgação/Senado

Supremo Tribunal Federal se prepara para analisar acusações contra outros núcleos da trama golpista

Com o “núcleo crucial” réu no Supremo Tribunal Federal (STF), outros 18 envolvidos com o plano de tentativa de golpe de Estado aguardam ser julgados pela Primeira Turma. Os envolvidos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por cinco crimes e poderão apresentar suas defesas nas datas pré-determinadas pelo presidente do colegiado, o ministro Cristiano Zanin.

Na terça (25) e na quarta-feira (26) os ministros Zanin, Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Cármen Lúcia votaram para tornar Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus pela trama golpista.

Agora, outros três núcleos aguardam julgamento. Confira:

Núcleo 2: gerenciamento de ações

Enquanto o núcleo de Bolsonaro é considerado pela PGR como o planejador do golpe, o grupo dois é considerado o operador. Esses serão julgados em 29 e 30 de abril. São eles:

+ Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF);

+ Fernando de Sousa Oliveira, ex-secretário-executivo de Segurança Pública do Distrito Federal;

+ Filipe Garcia Martins Ferreira, ex-assessor especial para assuntos internacionais de Bolsonaro;

+ Marcelo Costa Câmara, coronel do Exército;

+ Marília Ferreira de Alencar, ex-subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do DF e;

+ Mario Fernandes, general da reserva e ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro.

Núcleo 3: ações táticas

Já o terceiro núcleo será julgado em 20 e 21 de maio. Nesta divisão, estão incluídos policiais e militares. São eles:

+ Bernardo Correa Netto, coronel do Exército;

+ Cleverson Ney, coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;

+ Estevam Theophilo, general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

+ Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;

+ Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;

+ Márcio Nunes de Resende Júnior, coronel do Exército;

+ Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército;

+ Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e integrante dos “kids pretos”;

+ Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;

+ Ronald Ferreira de Araújo Junior, tenente-coronel do Exército;

+ Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel;

+ Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal.

Núcleo 4: desinformação

Esse grupo, segundo a PGR, atuava para criar e difundir notícias falsas, sobretudo sobre as urnas eletrônicas. A denúncia contra eles será julgada em 6 e 7 de maio. São eles:

+ Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado;

+ Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;

+ Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;

+ Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;

+ Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;

+ Marcelo Araújo Bormevet, policial federal e ex-integrante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Núcleo 5: desdobramento da desinformação

Esse núcleo, composto por apenas uma pessoa, ainda não teve o julgamento da denúncia marcado. Faz parte dele o neto do ditador João Figueiredo, o empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho. Advogados foram notificados, mas não apresentaram a defesa. Ele mora em Miami, nos Estados Unidos


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