O jornal O Globo publicou um pedido de desculpas após a repercussão negativa de uma postagem ironizando o estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O conteúdo foi publicado originalmente na coluna Sensacionalista, mas acabou ganhando destaque nas redes sem a devida sinalização de sua natureza. Segundo o jornal, houve um “erro de edição”.
“CORREÇÃO: Por um erro de edição, O GLOBO não identificou como sendo da coluna de humor Sensacionalista um post sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. Pedimos desculpas aos leitores”, escreveu o veículo em seu perfil oficial no Twitter/X.
Apesar do pedido de desculpas, o conteúdo permaneceu acessível até o fim do dia, alimentando ainda mais a indignação de aliados e apoiadores de Bolsonaro, que acusaram o jornal de usar a sátira como forma de desumanizar o ex-presidente, que está internado na UTI após uma cirurgia delicada no intestino.
A reação mais veemente veio do deputado federal Mario Frias (PL-SP), que compartilhou a publicação seguida do pedido de desculpas e classificou o episódio como “ódio travestido de jornalismo”. Em sua postagem, Frias relembrou o atentado sofrido por Bolsonaro em 2018, sugerindo que a condição atual do ex-presidente é consequência direta da facada que quase lhe custou a vida.
“A pessoa leva uma facada por um militante de esquerda, sobrevive, passa por mais de meia dúzia de cirurgias e, mesmo assim, continua sendo alvo de escárnio daquilo que ainda ousam chamar de ‘jornalismo’”, escreveu o parlamentar.
Outros parlamentares do PL e apoiadores do ex-presidente também aproveitaram o episódio para renovar críticas à imprensa, acusando O Globo de parcialidade pró-governo e de banalizar o sofrimento de um ex-chefe de Estado que enfrenta complicações graves de saúde.
Na publicação, o Sensacionalista escreveu:
“De acordo com fontes médicas, o bloqueio foi causado por excesso de ‘popcorn and ice cream’, em referência ao cardápio patriótico de Bolsonaro durante o ato da Paulista.”
E continuou:
“‘Ele já voltou a falar merda sem ajuda de aparelhos. Os médicos tentaram, mas não conseguiram romper a ligação direta entre intestino e cérebro. A conexão é muito sólida. Cientificamente inédita’.”
