Pielonefrite: infecção renal exige atenção e tratamento imediato para evitar complicações

Doença renal crônica afeta mais 10 milhões de brasileiros | Freepik

Quadros agudos podem evoluir rapidamente e causar danos graves aos rins — reconhecer os sinais e agir cedo é essencial

Os rins são os órgãos responsáveis pela filtração do sangue, eliminando toxinas produzidas durante as diversas reações químicas do corpo. Preservar essa função é essencial para a saúde. E eles podem ser atingidos por infecções urinárias –chamadas de pielonefrite.

O que é a pielonefrite?

Pielonefrite é uma infecção bacteriana que atinge um ou ambos os rins e seus tecidos adjacentes. Pode surgir de forma súbita (aguda) ou repetitiva (crônica). Quando não tratada adequadamente, pode causar septicemia (infecção generalizada) e levar à morte. Mesmo em sua forma aguda, pode deixar sequelas permanentes se negligenciada. Já na forma crônica, infecções repetidas ou mal tratadas causam cicatrizes no tecido renal, podendo levar à perda progressiva da função dos rins.

Geralmente, a infecção ocorre quando bactérias presentes na bexiga sobem até os rins pelos ureteres. O corpo tem mecanismos naturais de defesa, como o fluxo contínuo de urina e válvulas que impedem o refluxo, mas em alguns casos as bactérias conseguem ultrapassá-los.

Quem está mais suscetível à pielonefrite?

Algumas condições aumentam o risco de desenvolver a infecção:

  • Bexiga neurogênica;
  • Cálculos renais;
  • Presença de cateteres;
  • Diabetes mellitus;
  • Sistema imunológico enfraquecido;
  • Refluxo vesico-ureteral;
  • Próstata aumentada.

Os sinais mais comuns da pielonefrite incluem:

  • Febre alta;
  • Tremores e calafrios;
  • Dor intensa na região lombar;
  • Ardência ao urinar;
  • Urina turva ou com odor forte;
  • Sangue ou pus na urina;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Náuseas, vômitos e mal-estar geral;
  • Confusão mental (especialmente em idosos);
  • Queda de pressão arterial.

Diagnóstico e tratamento

Na presença desses sintomas, o atendimento médico deve ser imediato. Além do exame físico e da avaliação clínica, são solicitados:

  • Exames de urina (tipo 1 e urocultura com antibiograma);
  • Hemograma completo e provas inflamatórias;
  • Exames de função renal (ureia, creatinina, cistatina C);
  • Exames de imagem (ultrassom, tomografia ou ressonância).

O tratamento deve começar rapidamente, com antibióticos de amplo espectro, mesmo antes do resultado da urocultura. Depois, a medicação pode ser ajustada conforme o germe identificado. Em até 90% dos casos, a bactéria envolvida é a Escherichia coli.

Casos mais graves, com infecção disseminada ou complicações, podem exigir internação hospitalar para tratamento venoso.

Como prevenir a pielonefrite

Algumas medidas simples podem ajudar a evitar a infecção:

  • Beber bastante água diariamente;
  • Esvaziar a bexiga com frequência;
  • Urinar após relações sexuais;
  • Não se automedicar;
  • Higiene adequada após evacuação (sempre de frente para trás);
  • Em gestantes, atenção redobrada a qualquer sintoma urinário.

Atenção médica especializada

Nefrologistas, urologistas, clínicos gerais e infectologistas devem ser procurados nos casos de suspeita de pielonefrite aguda. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para preservar a saúde dos rins e evitar complicações graves.

FONTE: SBT NEWS

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