A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Confresa (1.050 km de Cuiabá), prendeu em flagrante, nesta terça-feira (25), um homem de 25 anos por manter sua companheira, de 24 anos, em cárcere privado, agredi-la com socos e mordidas, ameaçá-la de morte e tentar estuprá-la.
As investigações tiveram início após a mãe da vítima denunciar que sua filha estava sendo mantida em cárcere privado pelo companheiro em uma kitnet no Setor Genoveva, em Confresa. Uma equipe da Polícia Civil foi até o local e confirmou as denúncias. A vítima relatou que as agressões eram constantes, motivadas por ciúmes, e que o suspeito a trancava dentro de casa, levando a chave consigo.
Na segunda-feira (24), a vítima foi violentamente agredida após se recusar a ter relações sexuais com o suspeito. Durante seu depoimento na Delegacia de Confresa, ela também relatou que foi ameaçada de morte pelo agressor, que afirmou que, ao sair da cadeia, mataria ela e sua mãe.
Diante da gravidade dos fatos, o delegado Mauro Arruda de Moura Apoitia determinou a imediata intervenção policial. O suspeito foi localizado e detido em um ferro velho da cidade. Ele já utilizava tornozeleira eletrônica por crimes de receptação, extorsão e associação criminosa.
Indiciamento e Medidas Protetivas
O investigado será indiciado pelos crimes de cárcere privado, ameaça, violência psicológica, lesão corporal e tentativa de estupro, conforme previsto na Lei Maria da Penha. A vítima, que apresentava lesões aparentes, solicitou medidas protetivas contra o agressor.
Operação Marias
A ação faz parte da “Operação Marias”, uma iniciativa da Delegacia de Confresa voltada à prevenção, repressão e enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. A operação assegura que medidas protetivas sejam cumpridas e age na prisão de agressores, garantindo às vítimas respaldo jurídico e assistência social.
A Polícia Civil reforça a importância da denúncia para interromper ciclos de violência. Casos podem ser reportados de forma sigilosa pelos telefones 190 e Disque 180, ou diretamente na Delegacia de Polícia mais próxima.
A instituição reafirma seu compromisso com a tolerância zero à violência doméstica e segue atuando com rigor para proteger as vítimas e punir os agressores.
