A paciência acabou em Barra do Bugres. Enquanto a população sofre há semanas com torneiras secas, escolas sem abastecimento e unidades de saúde funcionando no limite, a prefeita Maria Azenilda Pereira parece assistir de camarote ao colapso. A omissão do Executivo municipal chegou a tal ponto que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso precisou tomar as rédeas da situação.
Na última sessão, deputados estaduais se indignaram com o caos que tomou conta da cidade. Houve quem criticasse o uso político da crise, mas também surgiram propostas reais: R$ 50 milhões em emenda coletiva para tentar salvar o sistema de captação e distribuição de água, completamente sucateado.
E a prefeitura? Silêncio. Enquanto parlamentares buscam soluções, a prefeita Azenilda mantém-se reclusa, sem apresentar um plano emergencial e deixando o povo sem respostas.
Moradores relatam que o problema não é de agora: há décadas Barra do Bugres convive com a falta de água, mas nunca houve tamanho descaso como agora. Uma moradora desabafou:
“Desde 1994 enfrentamos falta de água. Mas hoje chegamos ao fundo do poço: bombas quebradas, rede despressurizada e nenhuma ação da prefeitura.”
A crise virou palanque, mas também escancarou a ineficiência da atual gestão. A prefeita pode até tentar jogar a culpa no passado, mas é inegável: hoje, quem deveria resolver se esconde, e quem não tem obrigação está tendo que agir.