EUA alertam Coca-Cola após patrocínio de evento com Alexandre de Moraes, alvo da Lei Magnitsky

Foto: TSE

O governo dos Estados Unidos emitiu um alerta formal à Coca-Cola após a multinacional patrocinar o XXVI Congresso Nacional do Ministério Público, realizado em Brasília, onde o ministro Alexandre de Moraes, atualmente incluído na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, foi um dos palestrantes principais. A advertência coloca empresas internacionais e instituições financeiras brasileiras sob atenção diplomática.

Moraes foi sancionado pelo governo norte-americano em julho de 2025, acusado de violações de direitos humanos e abuso de autoridade. A inclusão na lista Magnitsky implica:

  • bloqueio de bens nos EUA,
  • restrição de transações internacionais,
  • proibição de entrada no território americano,
  • monitoramento de qualquer tipo de apoio material fornecido por terceiros.

Com isso, o patrocínio de eventos onde Moraes aparece como figura central passou a ser avaliado pelos EUA como possível auxílio a pessoa sancionada, o que, segundo autoridades americanas, pode configurar violação indireta da legislação.

Além da Coca-Cola, outras instituições foram citadas por veículos internacionais como patrocinadoras do congresso, entre elas:

  • Banco do Brasil,
  • Caixa Econômica Federal,
  • PicPay,
  • Febraban.

A presença dessas entidades aumenta o alcance e a sensibilidade da advertência diplomática, já que bancos e empresas com atuação global podem ser afetados por sanções secundárias.

Em nota, a Coca-Cola Brasil afirmou que:

  • o patrocínio foi institucional e não teve relação com escolha de palestrantes;
  • mantém parceria de longa data com a Conamp (organizadora do evento);
  • não teve envolvimento na definição da programação;
  • não se trata de apoio direto a Moraes.

Segundo analistas, o alerta não resulta imediatamente em punições, mas sinaliza que os EUA podem adotar postura mais rígida em relação à Lei Magnitsky. Empresas que mantêm negócios com os Estados Unidos podem enfrentar:

  • restrições bancárias,
  • dificuldade de acesso a sistemas de pagamento internacionais,
  • danos à reputação corporativa,
  • aumento do monitoramento regulatório.

Essa tensão repercute no debate político brasileiro, reacendendo discussões sobre soberania, independência do Judiciário e influência estrangeira em temas internos.

A posição americana deve ser acompanhada de novos comunicados diplomáticos nos próximos meses, especialmente se entidades brasileiras ou multinacionais continuarem a apoiar eventos com participação de pessoas sancionadas.

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