EUA avaliam sanções militares e tecnológicas contra o Brasil em meio a crise com o STF

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Setor de aviação é principal alvo; retaliações incluem bloqueio de GPS, tarifas e restrição de acesso a tecnologias de defesa

A crise diplomática entre Estados Unidos e Brasil ganhou contornos inéditos nesta sexta-feira (18), com a sinalização do governo Trump de que avalia impor sanções militares e tecnológicas ao país. O foco principal das medidas seria o setor de aviação e defesa, incluindo o bloqueio de acesso a tecnologias sensíveis e a paralisação de acordos estratégicos bilaterais.

As ações emergem em meio à crescente tensão entre Washington e Brasília, motivada pela suspensão dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seus familiares e aliados, ordenada pelo secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio. A medida, anunciada como resposta ao que Rubio classificou de “perseguição política” contra Jair Bolsonaro, acendeu alertas no Planalto sobre possíveis retaliações mais severas.

Turismo em Brasília

Entre as sanções discutidas por autoridades ligadas ao entorno de Trump estão:

  • Restrição ao fornecimento de peças e software para a indústria aeronáutica brasileira;
  • Bloqueio de sinais de GPS em território nacional, com impacto imediato sobre logística, agricultura de precisão e operações militares;
  • Aplicação da Lei Magnitsky, com congelamento de bens e proibição de transações para autoridades brasileiras consideradas violadoras de direitos humanos;
  • Tarifas de importação elevadas de 50% a 100% sobre produtos brasileiros estratégicos;
  • Suspensão de cooperação em inteligência e defesa com o Brasil, incluindo programas de intercâmbio militar.

Fontes diplomáticas em Brasília descrevem o cenário como de “alerta máximo”. A leitura no Planalto é que o Brasil pode estar diante do maior isolamento internacional desde a redemocratização, com risco real de colapso em setores sensíveis da economia caso as ameaças se concretizem.

“Estamos falando de sanções que atingem o coração da nossa capacidade tecnológica e de defesa”, afirmou um integrante do Ministério das Relações Exteriores sob anonimato. “O bloqueio de GPS, por exemplo, compromete cadeias logísticas, sistemas de transporte e até comunicações militares”.

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Viagens ao Brasil

Analistas lembram que o Brasil, embora não integre alianças militares formais com os EUA, depende fortemente de parcerias com empresas e órgãos norte-americanos para manter plataformas aéreas, sistemas de navegação e programas estratégicos como o da Embraer.

A resposta do governo brasileiro ainda está em avaliação, mas ministros do Palácio do Planalto já propuseram ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adoção de medidas de reciprocidade. A ideia é restringir vistos de autoridades americanas ligadas a Trump e dirigentes de big techs que atuam no Brasil.

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