A falta de chuvas no início da safra já começa a preocupar produtores de soja em Mato Grosso, o maior estado produtor do grão no país. Em diversas regiões, o período de estiagem ultrapassa 15 dias, comprometendo o desenvolvimento das plantas e dificultando o avanço do plantio.
De acordo com produtores rurais, a baixa umidade no solo tem impedido a germinação uniforme e pode causar prejuízos significativos se o clima não mudar nos próximos dias. Alguns agricultores já avaliam a necessidade de replantio, medida que aumenta os custos e pode afetar o calendário agrícola.
O vice-presidente da Aprosoja-MT, Luiz Pedro Bier, afirmou que o cenário exige cautela. “A soja é muito sensível nos primeiros estágios. Sem chuva, o risco de falha é alto, e o replantio se torna inevitável em algumas áreas”, destacou.
Meteorologistas apontam que o retorno das chuvas regulares deve ocorrer apenas nas próximas semanas, o que pode atrasar o plantio e reduzir o potencial produtivo de parte das lavouras.
Enquanto isso, os produtores reforçam o monitoramento do solo e a adoção de estratégias de manejo para minimizar as perdas até a normalização do regime de chuvas.
Mato Grosso é responsável por mais de 30% da produção nacional de soja, e qualquer impacto climático nesta fase inicial pode refletir diretamente nos resultados da safra e na economia do estado.
