Um escândalo sem precedentes estourou no Congresso Nacional. O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), revelou que as fraudes envolvendo empréstimos consignados de aposentados podem alcançar a impressionante marca de R$ 70 bilhões. O que era tratado como suspeita agora se mostra um saque brutal contra os cofres públicos e, principalmente, contra os mais vulneráveis do país.
Segundo Gaspar, a lógica criminosa que já desviou bilhões por meio de descontos ilegais em benefícios previdenciários também está por trás do esquema de empréstimos consignados. O parlamentar foi categórico ao denunciar que os grandes ladrões da nação meteram a mão no bolso de quem mais precisa: os aposentados que dedicaram a vida inteira ao trabalho.
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito já havia constatado que descontos indevidos feitos por entidades associativas provocaram um prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Agora, as apurações apontam para um rombo dez vezes maior, transformando o caso em um dos maiores escândalos da história do sistema previdenciário brasileiro.
Para piorar, a Controladoria-Geral da União revelou que 97% dos descontos associativos feitos em nome da Contag ocorreram sem autorização dos beneficiários. Mesmo diante dessa constatação, o INSS renovou o acordo, em um silêncio ensurdecedor que levanta ainda mais suspeitas sobre conivência e negligência institucional.
O Brasil exige respostas
A revelação de um rombo bilionário coloca em xeque a credibilidade do INSS e escancara a ousadia de grupos que transformaram aposentados em vítimas indefesas de um esquema de poder e corrupção. A CPMI promete aprofundar as investigações e ir atrás dos verdadeiros culpados.