Os gastos do governo federal cresceram R$ 309 bilhões desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo dados oficiais divulgados nesta semana. O aumento expressivo reacende o alerta para o risco fiscal do país e levanta questionamentos sobre a sustentabilidade das contas públicas nos próximos anos.
A despesa primária, que engloba os principais gastos do governo, excluindo o pagamento de juros, avançou muito além do esperado por analistas. Esse salto ocorre em um momento em que o Novo Arcabouço Fiscal estabelece limites para o crescimento das despesas, exigindo controle rigoroso para que as metas sejam cumpridas.
Economistas apontam que parte do avanço pode estar associada à ampliação de programas sociais, reajustes de políticas públicas e expansão de gastos obrigatórios. Há também críticas ao uso de brechas legais que permitem excluir determinadas despesas do cálculo oficial, o que suaviza artificialmente o impacto fiscal real.
O cenário coloca em risco o cumprimento das metas fiscais projetadas para 2025, que preveem equilíbrio ou déficit controlado. Com o ritmo atual de aumento das despesas, a equipe econômica precisará intensificar medidas de contenção para evitar nova deterioração.
Além disso, o avanço do gasto tende a elevar a dívida pública, pressionando juros futuros e dificultando a capacidade do governo de investir em infraestrutura, serviços públicos e programas estratégicos.







