Um grupo de alunas da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia (415 km ao sul de Cuiabá), criou uma organização com características de facção criminosa e espancou cinco colegas no dia 24 de julho de 2025. A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que investiga o caso.
Durante as diligências, o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira apreendeu uma anotação com os apelidos de 17 integrantes do grupo. No topo da folha, estava escrito o lema do grupo: “A gente mata ou morre”.
Segundo o delegado, essa prática de usar apelidos — como “capetinha”, “criminosa”, “quebra osso”, “fantasma”, “assistente” e “mafiosa” — é comum entre membros de facções criminosas e serve para dificultar a identificação real dos envolvidos.
“É uma tática também utilizada pelas facções para tentar impedir que os criminosos sejam identificados. Por isso, eles se tratam pelos apelidos”, explicou Oliveira.
A investigação aponta que o grupo foi criado com o objetivo de impor poder e domínio dentro da escola. Apesar de terem bom desempenho escolar e comportamento considerado adequado até então, todas as alunas envolvidas demonstraram comportamento violento, segundo relatos colhidos pela polícia.
A direção da escola foi surpreendida com a revelação e colabora com as investigações. O caso segue sob apuração da Polícia Civil e deve ter desdobramentos nas esferas educacional e judicial.