A Divisão de Homicídios da Polícia Civil de Sinop cumpriu, nesta quinta-feira (12), mandados de prisão e busca e apreensão contra os envolvidos na morte de Gabriel Santos da Rosa, de 27 anos, conhecida pelo nome social de Santrosa. A vítima foi sequestrada, torturada e brutalmente assassinada em novembro. Ao todo, foram expedidos seis mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária e internação.
O corpo de Santrosa, decapitado, foi encontrado em uma área de mata no dia 10 de novembro, após seu desaparecimento na véspera, quando não compareceu a um evento artístico.
Após uma série de diligências, a Polícia Civil identificou o envolvimento direto de pelo menos cinco pessoas no crime. Durante as investigações, a equipe localizou a casa onde Santrosa foi mantida em cárcere privado e torturada. No local, foram encontrados vestígios de sangue, uma toalha, uma camisa ensanguentada e uma faca, possivelmente utilizada na execução. Todo o material foi recolhido pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para realização de exames de DNA.
Cumprimento dos mandados
Do total de cinco mandados de prisão expedidos, dois foram cumpridos. Dois adolescentes de 17 anos, envolvidos no crime, foram detidos, enquanto outros três alvos seguem foragidos.
Durante os interrogatórios, os menores confessaram a participação no assassinato e forneceram detalhes do crime. Segundo os depoimentos, Santrosa foi rendida em casa enquanto tomava banho. Os criminosos encontraram conversas no celular da vítima com imagens de entorpecentes e, acreditando que ela tinha vínculos com uma facção rival, solicitaram uma ordem de execução a um líder criminoso.
Além da tortura, os adolescentes relataram que roubaram perfumes, dinheiro e drogas de Santrosa. Em seguida, a levaram para outra residência próxima, onde o cárcere e as agressões continuaram. Por volta das 18h do dia 9 de novembro, com o anoitecer, a vítima foi levada até uma área de mata, onde foi executada.
Durante as investigações, a Polícia Civil também comprovou que os criminosos realizaram uma transferência bancária da conta da vítima. Um dos autores confessou ter efetuado o Pix.
As investigações continuam com análise das provas e depoimentos colhidos para a conclusão do inquérito policial.