Quem ganha até R$ 5 mil por mês ficará isento do Imposto de Renda a partir de janeiro de 2026

Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

A nova lei sancionada pelo governo federal amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para contribuintes que ganham até R$ 5 mil mensais. A mudança começa a valer em 1º de janeiro de 2026 e representa uma das maiores alterações no sistema tributário das últimas décadas, beneficiando milhões de trabalhadores.

Com a atualização, ficam isentos:

  • trabalhadores com renda mensal de até R$ 5.000;
  • aposentados e pensionistas dentro da mesma faixa;
  • pessoas com múltiplas fontes de renda que, somadas, não ultrapassem o limite.

Atualmente, a isenção alcança quem recebe cerca de R$ 3 mil, o que significa um salto significativo no alcance da medida.

Para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350, haverá redução gradual da carga tributária.

Para equilibrar o impacto financeiro da medida, o governo instituiu novas regras de tributação para grupos de maior renda, incluindo:

  • cobrança de alíquota mínima para quem receber mais de R$ 600 mil por ano;
  • incidência sobre lucros, dividendos e outros rendimentos que atualmente não são tributados;
  • possibilidade de tributação mínima de até 10% sobre a parcela excedente.

Segundo o governo, a reformulação busca promover maior justiça tributária ao aliviar a carga sobre trabalhadores de baixa e média renda.

A estimativa oficial aponta que cerca de 15 milhões de brasileiros serão diretamente contemplados:

  • 10 milhões deixarão de pagar qualquer valor de Imposto de Renda;
  • 5 milhões terão redução na cobrança.

A medida é considerada uma das mais abrangentes dos últimos anos no que diz respeito ao alívio do IR.

As novas regras entram em vigor em janeiro de 2026. A primeira declaração que refletirá as mudanças será a referente ao ano-base 2026, entregue em 2027.

Para quem ganha próximo ao teto de isenção, a economia anual pode chegar a milhares de reais, considerando o IR retido na fonte ao longo do ano e o impacto do 13º salário.

A reforma atende a uma demanda antiga de trabalhadores e especialistas que apontavam defasagem histórica na tabela do IR, acumulada por anos sem correção.

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