O senador Jayme Campos (União Brasil) criticou duramente a atuação de lideranças políticas em Mato Grosso que, segundo ele, agem como se fossem “donas do Estado” ao tentar definir candidaturas para as eleições de 2026 sem ouvir a população ou as bases partidárias.
A declaração foi feita durante reunião da executiva estadual do Progressistas (PP), em Cuiabá. Na ocasião, Jayme afirmou que decisões importantes sobre o futuro político do Estado estão sendo tomadas por um grupo restrito de dirigentes, sem debate democrático.
“Parece que Mato Grosso virou um fazendão, uma sociedade anônima, onde meia dúzia decide quem será governador, senador e tudo mais. O Estado não é propriedade de ninguém”, declarou o senador.
Jayme Campos confirmou ainda a intenção de se colocar como pré-candidato ao Governo de Mato Grosso, desde que o União Brasil, partido ao qual é filiado, decida ter candidatura própria ao Palácio Paiaguás. Segundo ele, caso a legenda opte por apoiar outro nome, não fará parte da disputa.
O senador, que acumula mais de quatro décadas de vida pública, defendeu que as decisões políticas devem ser construídas com participação popular e criticou acordos fechados “em salas pequenas”, sem transparência. Ele também rechaçou especulações sobre supostos acordos e disse não aceitar ser tratado como “mercadoria política”.
A fala de Jayme Campos ocorre em meio às articulações iniciais para a sucessão estadual de 2026 e deve intensificar o debate interno nos partidos sobre a escolha de candidatos e o papel das lideranças na definição do cenário eleitoral em Mato Grosso.
