O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) está pegando fogo e já provoca efeitos dentro e fora do Brasil. Enquanto Bolsonaro e sete aliados respondem por tentativa de golpe de Estado, o processo expõe atritos entre ministros da Corte e gera uma repercussão internacional explosiva, com direito a ataques do ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
À frente do processo, o ministro Alexandre de Moraes tem atuado com mão de ferro, mas sua postura vem gerando incômodo dentro do próprio STF. Bastidores revelam que colegas já demonstram desgaste diante do protagonismo absoluto de Moraes, que concentra poderes e conduz o julgamento em ritmo acelerado.
Do outro lado do mundo, o julgamento ganhou contornos diplomáticos perigosos. Donald Trump saiu em defesa de Bolsonaro, acusou o STF de promover uma verdadeira “caça às bruxas” e, em represália, anunciou novas tarifas contra o Brasil. O gesto inflamou ainda mais a tensão e colocou o país no centro de um embate geopolítico.
Veículos como BBC, The Economist, Financial Times e Washington Post classificaram o julgamento como inédito e histórico, ressaltando que nunca antes um ex-presidente brasileiro havia enfrentado a Corte Suprema em condições tão graves. A imprensa internacional também destaca o peso da influência de Trump na narrativa da defesa de Bolsonaro.
O que está em jogo
Enquanto o STF busca consolidar sua decisão, o julgamento de Bolsonaro vai muito além de um processo jurídico: tornou-se um campo de batalha político e internacional. De um lado, Moraes endurece; de outro, Trump joga pressão e a oposição ganha combustível para denunciar perseguição política.
