O clima político em Nova Olímpia pegou fogo nos últimos meses, mas a Justiça Eleitoral colocou um ponto final: o prefeito Ari Cândido Batista (PL) e o vice Eduardo Oliveira (PP) seguem firmes no comando do município. A decisão, assinada pelo juiz Anderson Gomes Junqueira, da 19ª Zona Eleitoral, rejeitou todos os pedidos de cassação movidos pela coligação de oposição “Nova Olímpia de Todos” (PDT/União/PSD/Federação Brasil da Esperança – PT/PCdoB/PV).
A oposição chegou a acusar os eleitos de abuso de poder econômico e político, compra de votos, distribuição de materiais de construção e dinheiro a eleitores, além de perseguir servidores contrários e até realizar atos comparados a “showmícios”.
Mas na hora de apresentar provas, o castelo de areia desmoronou. Testemunhas não confirmaram vínculos, indícios foram considerados frágeis e até uma Ata Notarial apresentada pela acusação perdeu força quando o autor não apareceu para depor.
O magistrado foi direto: só é possível afastar candidatos eleitos quando houver provas incontestáveis de graves violações. Sem elas, a decisão foi manter o resultado das urnas.
“A soberania da vontade popular, expressa nas urnas, é um pilar fundamental do Estado Democrático de Direito e somente pode ser afastada diante de provas incontestáveis de grave violação à lisura do pleito”, destacou o juiz em sua sentença.
Oposição desmoralizada
A derrota da coligação de oposição caiu como um balde de água fria. O processo que prometia abalar os alicerces da atual gestão acabou reforçando a posição do prefeito e do vice, que saem fortalecidos politicamente após a decisão.