Suspeito de chefiar facção em MT pede desbloqueio de dinheiro e alega herança, mas Justiça nega

Foto: Reprodução

A Justiça de Mato Grosso negou o pedido de desbloqueio de R$ 22,9 mil feito por João Barroso Ferreira Filho, suspeito de chefiar uma facção criminosa investigada na Operação Malujas. O valor foi apreendido durante cumprimento de mandado judicial em 2018, e a defesa alegou que o dinheiro seria proveniente de herança familiar.

A decisão é da juíza Alethea Assunção Santos, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que entendeu que não há provas suficientes de que o montante tem origem lícita.

“Persistindo a dúvida sobre a procedência do dinheiro e havendo indícios da vinculação do requerente com atividades criminosas, a manutenção da apreensão é medida prudente e necessária”, afirmou a magistrada.

A defesa apresentou um contrato de 2017 para justificar a origem do valor, mas o documento não comprovou o recebimento em espécie, nem apresentou partilha formal ou registro.

Além disso, a juíza apontou que o suposto valor herdado não tem relação temporal direta com a apreensão realizada em 2018. Assim, determinou que o dinheiro permaneça bloqueado até o fim do processo penal.

A Operação Malujas foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso para desarticular células de facções criminosas que atuavam no estado, com ordens de prisão e bloqueio de bens.

João Barroso é apontado como um dos líderes da organização, responsável por coordenar ações e movimentações financeiras ilícitas. Parte dos valores apreendidos, segundo a investigação, seria utilizada para financiar atividades do grupo.

O bloqueio dos valores será mantido até o trânsito em julgado da ação penal. Caso haja condenação, o montante poderá ser revertido para reparação de danos ou confiscado em favor do Estado.

O pedido para desbloquear contas bancárias do investigado também foi negado, uma vez que a defesa não apresentou a decisão judicial original que determinou o bloqueio, impossibilitando a análise do caso.

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