A decisão do presidente Lula de condenar os ataques dos Estados Unidos e de Israel ao Irã provocou reações negativas e acendeu um sinal de alerta para o Brasil. Em nota oficial, o governo classificou a ofensiva como uma “violação do direito internacional”.
A posição causou desconforto entre aliados ocidentais e reforçou o afastamento do Brasil de fóruns multilaterais importantes. O país foi colocado, mais uma vez, ao lado de nações autoritárias como Irã, Rússia e China, o que pode trazer sérias consequências diplomáticas e comerciais.
Risco de isolamento político e comercial
Para analistas internacionais, a neutralidade defendida por Lula já não convence. A postura brasileira vem sendo vista como parcial e ideológica. Isso enfraquece o papel do Brasil como mediador internacional e pode excluir o país de negociações estratégicas.
Além disso, o momento é delicado. O Brasil depende de acordos com Estados Unidos e União Europeia, que veem a posição do governo com crescente preocupação. A crítica pública aos EUA pode afetar diretamente negócios, investimentos e exportações.
Ameaça ao mercado de petróleo e à economia brasileira
Com o Irã ameaçando fechar o Estreito de Ormuz, o mundo vive tensão no mercado de petróleo. Os preços devem subir, e o Brasil, que depende de combustíveis fósseis, pode sentir os efeitos no bolso do consumidor.
O aumento no custo da energia afeta transporte, produção e inflação. Sem o apoio de parceiros estratégicos, o país pode ter menos acesso a medidas de compensação econômica.
Diplomacia perde força com discurso ideológico
Internamente, cresce a crítica de que a política externa do governo Lula tem priorizado discursos ideológicos em vez de decisões pragmáticas. A nota oficial condenou com ênfase apenas os ataques dos EUA e de Israel, sem citar os riscos do programa nuclear iraniano nem os ataques anteriores lançados por Teerã.
Esse posicionamento reforça a imagem de parcialidade e reduz a credibilidade do Brasil como ator internacional confiável.