A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (7), uma operação em Tangará da Serra (MT) contra o médico um médico oftalmologista, investigado por envolvimento em um suposto esquema de pirâmide financeira com prejuízo estimado em mais de R$ 30 milhões. O caso teve origem em Natal (RN) e vem sendo apurado pela Delegacia de Defesa do Consumidor do Rio Grande do Norte.
O oftalmologista é acusado de ter recebido valores de dezenas de pessoas sob a promessa de investir os recursos no mercado financeiro e gerar lucros expressivos. Contudo, após a quebra dos sigilos bancário e fiscal, não foram encontrados registros que comprovem qualquer operação financeira de fato.
Segundo a investigação, as vítimas afirmam que o homem apresentava comprovantes falsos de rendimentos para manter a aparência de sucesso dos supostos investimentos. O objetivo seria estimular novas aplicações e manter o esquema funcionando, no formato conhecido como pirâmide financeira.
O delegado responsável pelo caso afirma que não há rastros de que os recursos tenham sido aplicados, e sim, movimentações suspeitas e saques de alto valor, o que fortalece a suspeita de fraude.
Com o colapso do esquema — causado pela saída de investidores e a interrupção dos repasses — dezenas de vítimas ficaram no prejuízo, sem conseguir reaver seus recursos.
Operação em Tangará da Serra
Diante das provas reunidas, a Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu mandado de busca e prisão contra médico em sua residência e local de trabalho em Tangará da Serra. Os detalhes sobre o que foi apreendido ainda não foram divulgados, e o inquérito segue em andamento.
Médico alegou pobreza na Justiça
Mesmo movimentando milhões, Diego Sampaio solicitou gratuidade judiciária em vários dos processos que responde. Em algumas ações, o pedido foi concedido; em outras, como na 8ª Vara Cível, foi negado pela juíza Arklenya Xielha Souza da Silva Pereira, que entendeu não haver comprovação de insuficiência de recursos.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que o caso segue sob investigação e ainda não há previsão para conclusão do inquérito.