Mulher de faccionado morto em operação contesta versão da polícia; ‘foi morto com 6 tiros no peito’; Veja o vídeo

João Vieira

Esposa de Gilmar Machado da Costa, 44, que morreu durante a Operação Acqua Ilícita, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), divulgou um vídeo nas redes sociais afirmando que o marido foi executado pelos policiais com 6 tiros sem esboçar nenhuma reação.

Conforme apurado, equipe tinha contra Gilmar um mandado de prisão preventiva e busca e apreensão na operação que investiga o esquema ilícito do Comando Vermelho de extorsão de comerciantes que vendem água potável. Na ocorrência, os policiais relataram que ele estava armado com uma pistola e que, ‘com receio de injusta agressão’, dispararam contra o alvo.

“Fomos todos acordados pela polícia, ele estava dormindo comigo […] colocaram a gente para baixo e o Gilmar ficou em cima. A gente só escutou 6 tiros, ele não ofereceu resistência, nenhum tipo de ameaça. Não estava armado, foi uma execução. Vocês estão cansados de saber que é troca de tiros, que a polícia joga arma na mão do cidadão e dá o B.O para ele assinar”, diz ela na filmagem divulgada inicialmente pela página @TaQuerida, no instagram. 

A mulher ressaltou ainda que a família toda está sofrendo com a situação. “A parede do meu quarto está pipocada de bala. Ele não estava armado. Meu marido foi executado, não teve chance de reagir. Foi tudo muito rápido, 6 tiros no peito, peneiraram ele”, continua a mulher, que ficou casada 24 anos com Gilmar.

Em tom de denúncia, ela continuou falando sobre a ação dos policiais e ressaltou que Gilmar “fazia coisa ilícita, sim, mas o coração era de ouro”

Outro alvo morto

Alvo da mesma operação, Fábio Júnior Batista Pires, 44, também morreu durante a ação policial. Ele era alvo de uma ordem de prisão e de busca e apreensão. Na investigação, o Gaeco apontou que ele era o ‘homem de confiança’ do líder do Comando Vermelho, Sandro Rabelo, o Sandro Louco.

Na versão narrada pela equipe, assim que entraram na casa do alvo, no bairro Jardim Brasil, ele teria reagido. Para evitar ‘injusta agressão’, foi necessário disparar contra ele. Perícia apontou que Fábio estava caído no chão do quarto, com diversas perfurações de bala no corpo.

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