Nova regra da CNH: entenda o que realmente muda e o que permanece igual no processo de habilitação

Foto: Detran-MT

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou uma ampla reformulação no processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), tornando opcional a autoescola e reduzindo significativamente a carga mínima de aulas. As mudanças, que devem entrar em vigor após publicação no Diário Oficial da União, prometem simplificar o processo, reduzir custos e ampliar o acesso à habilitação em todo o país.

A resolução altera pontos fundamentais do processo de formação de condutores:

  • Autoescola deixa de ser obrigatória: candidatos poderão estudar por conta própria ou contratar instrutores independentes, sem necessidade de se matricular em um Centro de Formação de Condutores.
  • Carga horária mínima cai drasticamente: as 20 horas de aula prática obrigatória foram reduzidas para apenas 2 horas de instrução mínima. As aulas teóricas também deixam de ter carga fixa.
  • Instrutor autônomo credenciado: o candidato poderá contratar um instrutor particular registrado no Detran, ampliando opções e reduzindo custos.
  • Uso de veículo próprio: será permitido treinar com o próprio carro ou de um familiar, desde que atenda critérios de segurança.
  • Processo sem prazo de validade: o candidato poderá cumprir todas as etapas no seu próprio ritmo, sem risco de expiração do processo.
  • Redução de até 80% no custo da CNH: com menos exigências obrigatórias, o governo estima grande redução no custo final para o candidato.

Mesmo com mudanças significativas, algumas etapas continuam obrigatórias:

  • Prova teórica e prova prática seguem sendo requisitos essenciais para obtenção da CNH.
  • Exames médicos, de aptidão física e mental, assim como biometria, continuam exigidos.
  • Responsabilidade dos Detrans permanece a mesma: fiscalizar, organizar o processo e emitir a CNH.
  • Autoescolas continuam existindo, mas funcionam de forma opcional para quem preferir o método tradicional.

A nova regra tende a beneficiar especialmente pessoas de baixa renda, que hoje enfrentam custo elevado para iniciar o processo. A expectativa é de aumento de procura pela habilitação e reorganização do mercado de autoescolas, que deverão se adaptar à nova lógica de serviço opcional.

Especialistas avaliam que, apesar de ampliar o acesso, a redução drástica de carga prática pode gerar debates sobre segurança no trânsito. Órgãos estaduais devem acompanhar de perto a implementação das medidas.

As mudanças passarão a vigorar após publicação oficial da resolução e regulamentação pelos Detrans estaduais. Até lá, o processo tradicional permanece em funcionamento.

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