O Preço do Voto: Quando a Esperança Vira Moeda de Troca

REPRODUÇÃO

Crise Política em Barra do Bugres: Azenilda e Arthurzão sob risco de cassação pelo TRE-MT

Barra do Bugres vive um cenário emblemático de como a democracia pode ser fragilizada quando o voto é comprado, manipulado ou conquistado por meios escusos. A possível cassação da prefeita Azenilda Pereira e do vice Arthur Franco, o “Arthurzão”, joga luz sobre uma realidade que, infelizmente, se repete em diversas regiões do Brasil: o alto custo que a população paga quando cede à troca de favores eleitorais.

O “preço do voto” vai muito além de um saco de cimento, uma consulta médica agendada ou uma promessa vaga em época de campanha. O verdadeiro preço é cobrado depois da eleição — com a ausência de políticas públicas, o abandono administrativo, a instabilidade institucional e, acima de tudo, o sentimento coletivo de traição.

O que se vê hoje em Barra do Bugres é o retrato do colapso moral de uma gestão que chegou ao poder envolta em suspeitas, agora sob escrutínio judicial por abuso de poder econômico e compra de apoio político. O que foi vendido como esperança nas urnas pode, na verdade, ter sido apenas um projeto pessoal de poder.

Enquanto os processos avançam no TRE-MT, cresce entre os moradores a sensação de que foram enganados — de que seu voto, ferramenta de mudança, foi manipulado em nome de interesses próprios. A democracia enfraquece quando o voto é tratado como mercadoria, e o eleitorado como massa de manobra.

O custo disso tudo? Uma cidade paralisada, sem rumo e sem voz. E a lição é dura: quando se vende o voto, o troco vem em forma de descaso, escândalo e incerteza.

O voto tem valor — mas jamais deveria ter preço.

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