Operação “Neoro Diverge” Investiga Desvio de Milhões na ADIN, em Tangará da Serra

Polícia Civil realiza operação na sede da ADIN, em Tangará da Serra, para investigar desvio de milhões de reais destinados ao atendimento de crianças com TEA. Foto: Renan Nobre

Na manhã desta quarta-feira (26), a Polícia Judiciária Civil deflagrou a Operação Neuro Diverge para investigar um esquema de desvio de recursos públicos na ADIN (Associação das Diversidades Intelectuais), localizada no centro de Tangará da Serra. A instituição oferece atendimento especializado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), incluindo serviços de psicologia e fonoaudiologia.

A operação contou com o apoio de delegacias especializadas, como DERF, Denarc e DHPP, e teve como principais alvos quatro membros da alta cúpula da ADIN. Entre eles estão:

  • O presidente e fundador da entidade;
  • O filho do presidente;
  • A tesoureira da instituição;
  • Uma gestora apontada como braço direito do presidente.

A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da associação e nas residências dos suspeitos. Segundo as investigações, milhões de reais foram desviados, incluindo cerca de R$ 2 milhões repassados pela Prefeitura Municipal entre janeiro e março deste ano. No local foram apreendidos aparelhos celulares, documentos, HDS e computadores que serão periciados, além do bloqueio de contas, afastamento dos representantes, sequestro de bens e imóveis.

O delegado responsável pelo caso Gustavo Espindula afirmou que foram encontradas graves irregularidades no uso dos recursos destinados ao atendimento de crianças com TEA.

“Identificamos que valores significativos foram desviados para fins ilícitos, configurando um esquema criminoso, só neste ano a associação recebeu dois milhões da prefeitura municipal de Tangará da Serra”, afirmou o delegado.

Com a prisão do presidente da associação, os demais investigados foram levados para prestar depoimento. O caso gerou grande preocupação entre os pais das crianças atendidas, que se depararam com um aviso na entrada da instituição informando:

“Atendimento suspenso até segunda ordem.”

Ainda segundo o delegado por ordem judicial foi determinado que um novo gestor seja nomeado para que não prejudique o atendimento da associação até que o inquérito seja concluído.

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