O relatório preliminar do Orçamento Geral da União para 2026 projeta que Mato Grosso deverá receber R$ 11,15 bilhões em recursos federais no próximo ano. O montante, aprovado pela Comissão Mista de Orçamento, engloba repasses do Fundo de Participação dos Estados (FPE), além de emendas individuais e de bancada destinadas pelos parlamentares mato-grossenses.
A estimativa reforça a posição do estado como um dos principais polos econômicos do país, especialmente pela força do agronegócio e pelo crescimento da demanda por infraestrutura, logística e serviços públicos.
Os valores previstos devem financiar ações em áreas estratégicas, como:
- Infraestrutura viária – recuperação e pavimentação de rodovias federais e estaduais;
- Saúde – custeio de hospitais, modernização de unidades básicas, compra de equipamentos e ampliação de leitos;
- Educação – investimentos em obras escolares, transporte, programas de ensino técnico e superior;
- Segurança pública – aquisição de viaturas, sistemas de monitoramento e ampliação de estruturas policiais;
- Desenvolvimento regional – projetos para municípios do médio-norte, oeste e áreas de fronteira agrícola.
As emendas da bancada federal também devem contemplar demandas de cidades de médio porte, como Tangará da Serra, Barra do Bugres, Cáceres, Sinop e Rondonópolis, que dependem de recursos federais para executar obras urbanas, saneamento e ações sociais.
O governo de Mato Grosso projetou, para 2026, um orçamento total de R$ 40,7 bilhões, crescimento de 10,02% em relação ao ano anterior. Dentro desse contexto, os repasses federais representam parcela fundamental para garantir investimentos diretos, sobretudo em municípios que enfrentam limitações financeiras próprias.
O Estado também prevê R$ 4,92 bilhões em investimentos diretos, valor que pode ser potencializado com a chegada dos recursos federais.
A execução eficiente do orçamento dependerá de:
- agilidade na liberação dos repasses pela União;
- planejamento técnico das obras e programas;
- transparência na aplicação dos valores;
- priorização de áreas críticas, especialmente saúde e infraestrutura.
Para especialistas, o volume de recursos cria expectativa de avanços importantes, mas a efetividade depende da capacidade de gestão do Estado e dos municípios.







