A Polícia Federal concluiu, por meio de perícia médica oficial, que o ex-presidente Jair Bolsonaro necessita ser submetido a procedimento cirúrgico o mais breve possível, em razão de um quadro clínico considerado incompatível com a continuidade apenas de tratamento conservador.
De acordo com o laudo pericial, Bolsonaro apresenta hérnia inguinal bilateral, condição que exige intervenção cirúrgica para correção da parede abdominal. Os peritos destacaram que, embora o procedimento seja classificado como eletivo do ponto de vista técnico, a cirurgia deve ser realizada com brevidade para evitar agravamento do quadro.
A perícia também levou em consideração a existência de soluços persistentes, relatados como frequentes e intensos, que podem aumentar a pressão intra-abdominal, contribuindo para o agravamento da hérnia e impactando funções básicas, como alimentação e sono.
O laudo médico foi elaborado pelo Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, no âmbito do processo em que o estado de saúde do ex-presidente é analisado pelo Judiciário. A avaliação pericial foi solicitada para verificar a real necessidade do procedimento médico indicado pela defesa.
Entre as recomendações técnicas constantes no documento estão a realização de cirurgia de correção da hérnia inguinal bilateral e, como medida complementar, a possibilidade de bloqueio do nervo frênico, procedimento que pode auxiliar no controle dos soluços persistentes.
A conclusão da perícia reforça laudos médicos apresentados anteriormente pela defesa de Bolsonaro, que já apontavam a necessidade de intervenção cirúrgica diante da evolução do quadro clínico e da ineficácia de tratamentos menos invasivos.
Com a entrega do laudo, caberá agora ao Judiciário avaliar os próximos encaminhamentos relacionados ao procedimento médico, incluindo local, condições de realização da cirurgia e eventuais medidas de acompanhamento.
