Polícia Militar age para salvar vidas enquanto Defensoria Pública acusa a polícia de ilegalidade e pede a soltura do criminoso.

Policiais militares tentando parar motorista visivelmente embriagado - Foto - Larissa Ferreira

Na última sexta-feira (28), Tangará da Serra foi palco de um episódio alarmante: um motorista de ônibus escolar ignorou um bloqueio policial, colocou em risco a vida de cerca de 20 alunos, acelerou em direção ao perigo e precisou ser contido pela Polícia Militar. Diante de um cenário de desrespeito flagrante à lei e risco iminente de tragédia, a PM agiu com profissionalismo e rapidez, optando por disparar nos pneus do veículo para evitar uma catástrofe maior.

O que deveria ser amplamente reconhecido como uma ação heróica agora se tornou alvo de críticas injustas. A Defensoria Pública, em um posicionamento desconectado da realidade, acusou os policiais de agir de forma desproporcional. Ignoram, no entanto, que o motorista não só desobedeceu a ordens claras, como também colocou em risco crianças, policiais, peritos e profissionais da imprensa que estavam no local.

Como é possível criticar a polícia quando os verdadeiros heróis dessa história são os militares que arriscaram suas próprias vidas para proteger as de inocentes? O motorista, aparentemente embriagado ou sob efeito de drogas, transformou o ônibus em uma arma em movimento, gerando pânico e potencializando os riscos.

O promotor de justiça, Dr. Roberto Farinazzo, corretamente reconheceu a legitimidade da ação policial e apontou o principal responsável: o motorista. A decisão de disparar nos pneus não foi tomada por impulso, mas após várias tentativas de sinalização e ordens ignoradas pelo condutor. O objetivo era claro: proteger vidas.

Entretanto, a decisão judicial que concedeu liberdade provisória ao criminoso, sem sequer a exigência de fiança, demonstra o abismo entre a aplicação da lei e o senso de justiça da população. A comunidade exige punição severa para quem coloca vidas em risco, e não complacência para irresponsáveis que desrespeitam a lei.

Quem deveria estar no banco dos réus?
É revoltante que, em situações como essa, a narrativa seja invertida, e os policiais — que agiram para proteger vidas — sejam criticados, enquanto o motorista, que demonstrou completo desprezo pela segurança pública, é tratado com leniência.

Se a PM tivesse se omitido, e o ônibus descontrolado tivesse causado mortes, a quem a sociedade culparia? Certamente, os mesmos que hoje os criticam seriam os primeiros a apontar o dedo para a polícia, acusando-a de negligência.

É hora de valorizar quem protege a população.
A Polícia Militar de Tangará da Serra demonstrou, mais uma vez, que está comprometida com a segurança da sociedade, mesmo quando isso significa enfrentar críticas infundadas e tomar decisões difíceis. Que fique claro: proteger vidas nunca será um erro.

Esclarecimento à População de Tangará da Serra 2° Sargento PM Francioli

À comunidade tangaraense, venho, com respeito e responsabilidade, esclarecer os fatos que envolveram a atuação policial no incidente ocorrido no dia 28 de fevereiro de 2025, no qual um ônibus escolar, transportando crianças, furou um bloqueio policial.

Sou o 2º Sargento PM Francioli, e estou há 22 anos servindo à Polícia Militar do Estado de Mato Grosso. Durante esses anos, minha experiência se concentrou no patrulhamento ostensivo e na segurança das ruas de nossa cidade e região, sempre com a missão de proteger a vida e garantir o bem-estar da população.

A situação do ônibus escolar que foi interceptado em um bloqueio, conduzido por um indivíduo em atitude suspeita, exige esclarecimento. Primeiramente, é importante destacar que, como pai e policial, minha principal prioridade foi, é e sempre será a segurança das crianças que estavam a bordo do veículo. A decisão que tomei naquele momento foi pautada por um único princípio: garantir que aquelas vidas, em especial as de crianças inocentes, estivessem a salvo de um perigo iminente.

O bloqueio foi estabelecido devido a um acidente grave, que envolvia um atropelamento, e a área estava sendo isolada para preservar a integridade das vítimas e das equipes de resgate. Contudo, ao tentar abordar o ônibus, o condutor desrespeitou as ordens de parada e avançou em alta velocidade, colocando em risco não apenas a integridade do próprio veículo e dos passageiros, mas também a segurança de todos os envolvidos na operação policial e nas imediações.

Foram realizadas diversas tentativas de interdição através de comandos verbais e posicionamento da viatura, mas, infelizmente, sem sucesso. A atitude do motorista não demonstrava qualquer intenção de colaborar ou de cessar a marcha do veículo, o que tornou a situação ainda mais crítica, principalmente considerando que havia um número elevado de crianças a bordo.

Em face da iminente ameaça, não restou alternativa senão recorrer ao uso de disparos direcionados aos pneus do ônibus. Esta decisão não foi tomada de maneira impensada ou irresponsável, mas sim com base no protocolo de segurança e na experiência adquirida ao longo de tantos anos de serviço. A arma de fogo, para o policial militar, é uma ferramenta necessária quando não há outra opção eficaz para proteger vidas em risco. Ao tomar esta atitude, não buscava prejudicar ou causar qualquer dano desnecessário, mas apenas cessar a movimentação do veículo de forma controlada e segura, evitando um risco maior para todos.

Reitero que, em momento algum, agi de forma impulsiva. Todos os recursos para uma abordagem mais pacífica já haviam sido utilizados sem sucesso, e, diante da gravidade da situação, a única opção viável era intervir de forma mais assertiva, visando a preservação da vida das crianças a bordo, que estavam sob o controle de um condutor que demonstrava total desrespeito à ordem e segurança pública.

Gostaria também de destacar que tenho filhos em idade escolar, e não consigo imaginar o sofrimento de um pai ou mãe em uma situação como essa. Se fosse com meus próprios filhos no ônibus, tomaria as mesmas medidas, com a mesma urgência e foco na preservação da vida. Como policial militar, tenho a responsabilidade de agir em situações de risco, sempre buscando o menor dano possível e o maior benefício para a sociedade. E, neste caso, a ação foi uma escolha difícil, mas que, na minha visão, foi a única capaz de evitar uma tragédia maior.

A Polícia Militar é uma instituição que, há mais de 180 anos, tem o compromisso de garantir a ordem e a segurança da população. Utilizamos os meios legais e necessários para proteger a sociedade, sempre com respeito às leis e aos direitos dos cidadãos. Entendemos que nossa responsabilidade é grande, e que todas as ações que tomamos devem ser justas e proporcionalmente adequadas à situação. Quando colocamos nossas fardas, assumimos o compromisso de proteger as pessoas de bem, ainda que isso signifique, em algumas situações, tomar decisões difíceis.

Portanto, aos cidadãos de Tangará da Serra, peço compreensão e confiança na atuação da Polícia Militar. Cada ação realizada é pensada e orientada pela necessidade de garantir a segurança de todos. Se, em algum momento, a situação exigisse a mesma intervenção, não hesitaria em agir de forma semelhante. Minha missão, como policial militar, é a de salvar vidas, garantir a segurança pública e fazer com que nossa cidade continue sendo um lugar seguro para todos, especialmente para nossas crianças.

Agradeço a Deus pela oportunidade de ter evitado uma tragédia e de ter protegido as vidas daqueles que estavam sob risco. Fico tranquilo com a certeza de que agi da maneira correta para preservar a integridade e o futuro daqueles pequenos, cujos destinos, naquele momento, estavam incertos.

Que possamos todos refletir sobre a importância de nossa missão e seguir em frente com coragem e responsabilidade.

Atenciosamente,
2º Sargento PM Francioli
Policial Militar, com orgulho e compromisso.

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