Ação conjunta combate crime ambiental no Parque Alegria; prejuízo à natureza pode ultrapassar R$ 5 milhões
Uma operação da Polícia Civil em conjunto com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) foi realizada nesta quarta-feira (9) para combater um lixão clandestino ligado ao tráfico de drogas na comunidade do Parque Alegria, no Complexo do Caju, zona portuária do Rio.
Batizada de “Expurgo”, a ação tem como objetivo eliminar o prejuízo ambiental causado na área, estimado em quase R$ 5 milhões. Desde cedo, agentes das duas instituições trabalham na região. Durante a operação, houve troca de tiros. Um traficante foi preso, e com ele foram apreendidos um fuzil, carregadores e um rádio comunicador.
As investigações começaram após uma denúncia feita pelo Inea. A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente apurou que o tráfico pretendia usar toneladas de lixo para aterrar um grande terreno desocupado entre a Linha Vermelha e a Avenida Brasil. O objetivo dos criminosos era triplicar a área da comunidade do Parque Alegria, ampliando o território controlado.
Contaminação
O aterro irregular resultou na contaminação do lençol freático e na destruição da vegetação de mangue.
Segundo a Polícia Civil, o despejo ilegal de resíduos se transformou em um novo modelo de exploração econômica para a facção criminosa. Empresas passaram a pagar valores inferiores aos praticados pelos centros de tratamento de resíduos credenciados pela Prefeitura do Rio, tornando o esquema atrativo financeiramente.
Dez empresas reincidentes em crimes ambientais na região já foram identificadas pela investigação. Entre elas está a Ciclus, que tem contrato com a Prefeitura. A especializada descobriu ainda que funcionários desviavam maquinários e equipamentos para os lixões clandestinos.
FONTE: SBT NEWS