Um relatório divulgado nesta semana mostrou um dado alarmante sobre o trabalho análogo à escravidão em Mato Grosso: 96% dos trabalhadores resgatados nessas condições em 2025 são pessoas negras. O levantamento evidencia que o problema, além de social e econômico, também possui forte recorte racial.
Segundo as informações, a maioria dos casos foi registrada em áreas rurais, especialmente em fazendas e propriedades ligadas ao agronegócio e à extração vegetal. As vítimas eram submetidas a jornadas exaustivas, moradias precárias, falta de alimentação adequada e ausência total de direitos trabalhistas.
Os dados reforçam o alerta sobre a persistência do racismo estrutural e da desigualdade social no estado, fatores que aumentam a vulnerabilidade da população negra a condições degradantes de trabalho.
Autoridades e especialistas destacam a importância de reforçar a fiscalização, garantir apoio às vítimas e ampliar políticas públicas de inclusão e igualdade racial, para romper o ciclo de exploração e discriminação.
Mato Grosso figura entre os estados com maior número de resgates trabalhistas do país, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. O relatório agora será utilizado para orientar ações de combate e conscientização sobre o tema.







