A cena do trap brasileiro acaba de ganhar mais um capítulo polêmico. Oruam, de 24 anos, e Lucas Camacho, de apenas 16, anunciaram uma colaboração musical que promete estremecer as redes sociais — e não apenas pela batida. O que mais chama atenção nessa parceria é o histórico familiar dos jovens: ambos são filhos dos líderes das duas maiores facções criminosas do Brasil.
De um lado, Oruam é filho de Marcinho VP, um dos chefes do Comando Vermelho (CV), atualmente preso por crimes como homicídio, tráfico de drogas e formação de quadrilha. Do outro, Lucas Camacho é filho de Marcola, o temido líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), condenado por uma série de crimes, incluindo roubo a banco, tráfico e organização criminosa.
A música une o que o sistema separa, e os dois trappers parecem levar isso a sério. No último fim de semana, eles se encontraram, fizeram registros juntos e confirmaram que um feat está a caminho. Para muitos, essa parceria vai além da arte: é quase um símbolo da união entre os herdeiros de dois dos criminosos mais conhecidos do país.
Ambos não escondem a admiração pelos pais, mesmo com as condenações. Em sua apresentação no Lollapalooza 2024, Oruam chocou o público ao subir no palco com uma camiseta pedindo liberdade para Marcinho VP. A atitude dividiu opiniões nas redes e levantou um debate sobre glamourização do crime na música.
Já Lucas Camacho, estudante do 3º ano do ensino médio e aspirante a economista, também não disfarça o carinho pelo pai. Recentemente, publicou uma foto de Marcola tirada dentro do presídio, com a placa dos crimes cometidos, como se fosse um troféu.
Ambos começaram cedo na música: Oruam estourou em 2022 e Lucas está dando os primeiros passos agora. A colaboração entre os dois já chama atenção não só pelo potencial sonoro, mas pelo peso dos sobrenomes que carregam. Com pais líderes de facções rivais, a união dos filhos no estúdio pode ser vista por muitos como um marco inesperado — ou até um ato de provocação.