Vídeo de Nikolas sobre INSS pressiona governo Lula

Reprodução

Um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre um suposto escândalo de fraudes no INSS foi visualizado por mais de 60 milhões de pessoas em menos de 24 horas. O conteúdo, postado na terça-feira (6), foi disseminado nas redes sociais e foi compartilhado em massa, especialmente no Instagram, onde mais de 56,6 milhões de visualizações foram registradas. Além disso, 3 milhões foram contabilizadas no X (antigo Twitter) e 702 mil no YouTube.

No vídeo, a gestão do governo Lula foi criticada duramente por Nikolas, que associou o caso à nomeação de Carlos Lupi no Ministério da Previdência. O ministro havia deixado o cargo no início de maio, após as denúncias de corrupção ganharem força.

Além disso, acusações de fraudes bilionárias no INSS foram apresentadas pelo deputado, que afirmou que o prejuízo poderia ultrapassar R$ 90 bilhões, com base em dados da Controladoria-Geral da União (CGU).

De acordo com Nikolas, as vítimas das fraudes teriam sido idosos e doentes, grupos considerados mais vulneráveis e sem condições de defesa. Por esse motivo, o escândalo tem gerado forte comoção pública.

A denúncia também apontou a suposta lentidão do Tribunal de Contas da União (TCU) em apurar as irregularidades. Entidades investigadas foram associadas a familiares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, o advogado de uma dessas organizações foi citado como filho do atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski — situação ironizada por Nikolas como “o país das coincidências”.

Em reação à repercussão, a oposição intensificou os pedidos pela instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI). Segundo o regimento, a leitura do requerimento deve ser feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para que a comissão seja oficialmente instalada.

Entretanto, nos bastidores, ações para barrar a CPMI foram realizadas por governistas. Durante reunião recente, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, solicitou o apoio de líderes aliados para impedir a comissão, alegando que ela poderia comprometer projetos prioritários do governo. Entre eles, estão o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda e a aprovação de uma PEC sobre segurança pública.

Compartilhe :

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *