O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a criticar a segurança pública em estados administrados por partidos de esquerda e afirmou que a criminalidade “só aumenta” nesses locais. A declaração foi feita durante evento político nesta quarta-feira (26), onde o governador também reforçou que, caso seja eleito presidente em 2026, pretende classificar facções criminosas como organizações terroristas.
Zema citou especificamente a Bahia, governada pelo PT, como exemplo de estado onde os índices de violência teriam crescido nos últimos anos. Segundo ele, a expansão do crime organizado estaria relacionada à “falta de enfrentamento firme” por parte das gestões estaduais alinhadas à esquerda.
O governador afirmou que “os estados mais violentos do país são justamente aqueles onde a criminalidade mais cresceu”, associando diretamente o fenômeno ao comando político das unidades federativas.
A fala ocorre em momento de forte debate nacional sobre o avanço de facções criminosas e a atuação do poder público no combate ao crime. Zema tem defendido uma estratégia de endurecimento, com maior integração entre estados, ampliação do uso de tecnologia e medidas mais severas contra grupos como Comando Vermelho e PCC.
A proposta de tratar facções como organizações terroristas também passou a integrar sua agenda nacional. O governador argumenta que a medida permitiria penas mais duras, mais instrumentos investigativos e ações mais ágeis contra o crime organizado.
Especialistas em segurança pública avaliam que a violência no Brasil envolve múltiplos fatores estruturais — como desigualdade social, disputa territorial de facções e fragilidade institucional — e não pode ser atribuída apenas à orientação partidária de cada governo estadual.
Ainda assim, o discurso de Zema tem forte apelo político e deve moldar o debate eleitoral de 2026, especialmente entre eleitores que priorizam temas de segurança e combate ao crime.
O posicionamento pode fortalecer sua aproximação com setores mais conservadores, ao mesmo tempo em que acirra a polarização com governadores alinhados à esquerda.







