A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) prendeu, nesta segunda-feira (25/11), um dos investigados da Operação Bodas de Prata, deflagrada pela Polícia Civil em agosto deste ano. A ação, realizada em 9 de agosto, teve como objetivo identificar e deter fornecedores de cocaína e pasta base que abasteciam outros estados, cumprindo 21 ordens judiciais.
O suspeito detido nesta segunda-feira, um ex-assessor parlamentar, apresentou-se voluntariamente na DRE acompanhado de seu advogado. Após a formalização do mandado de prisão preventiva, ele foi encaminhado para audiência de custódia.
A Operação Bodas de Prata
As investigações da operação começaram em outubro de 2021, após a apreensão de 22 tabletes de pasta base de cocaína e dois de cloridrato de cocaína pela Polícia Rodoviária Federal. Os entorpecentes, somando aproximadamente 24,365 quilos, estavam escondidos na porta de um veículo, e a condutora foi presa em flagrante.Durante a apuração, a DRE identificou sete suspeitos, incluindo o líder do grupo criminoso, que utilizava uma chácara para armazenar as drogas. As substâncias eram transportadas da fronteira boliviana até Cuiabá para posterior distribuição.Em agosto, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além de bloqueios judiciais, expedidos pela 3ª Vara Criminal de Várzea Grande.
A operação contou com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Corregedoria do Corpo de Bombeiros Militar e Diretoria de Atividades Especiais da Polícia Civil. Também foi determinada a apreensão de seis veículos utilizados pelos criminosos.
Origem do nome da operação
O nome “Bodas de Prata” faz alusão ao líder da organização, que atua há mais de 25 anos no transporte de drogas entre a Bolívia e o Brasil. Ele já havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas, corrupção ativa e evasão de divisas.
Investigados e acusações
Entre os investigados estão um bombeiro militar e o ex-assessor parlamentar. Todos foram indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. O inquérito já foi concluído e encaminhado à 3ª Vara Criminal de Várzea Grande.