A importância que damos à opinião dos outros é, na verdade, um reflexo direto do valor que atribuímos a nós mesmos. Quando nos valorizamos pouco, tendemos a nos apegar excessivamente ao olhar externo, buscando nas palavras, nos julgamentos e nas validações alheias uma confirmação que não conseguimos encontrar dentro de nós.
Cada crítica se torna uma sentença, cada elogio, uma necessidade vital para sustentar nossa autoestima frágil. Por outro lado, quando desenvolvemos um senso sólido de autovalor, a opinião dos outros perde força sobre nossas escolhas, nossa essência e nosso caminho.
Isso não significa ignorar totalmente o que vem de fora — afinal, somos seres sociais e o feedback pode ser construtivo, mas sim não permitir que isso defina quem somos. Se damos um peso desmedido ao que pensam de nós, é sinal de que ainda não reconhecemos plenamente nosso próprio valor.
Inversamente, quando a opinião externa tem pouco poder de nos afetar, é porque estamos firmes em quem somos, conscientes de nossos princípios, qualidades e imperfeições. Aprender a diminuir esse peso é, na prática, um exercício de amor-próprio, autoconhecimento e fortalecimento interno. Afinal, quanto mais nos conhecemos, menos precisamos que os outros nos digam quem somos.